quinta-feira, junho 26, 2008



Por vezes é como andar no nevoeiro.
Coração apertado na cegueira do futuro passo.
Coração apertado. Pavor de o quebrar na esquina que se segue.
Depois vem uma mão. Um espírito que nos alcança e nos puxa para essa esquina e
nos ajuda a sair do nevoeiro que não era mais que sombras.
Sombras de passado que invadem sem convite uma busca pelo futuro.
Passos…passos com essa mão que nos afasta do passado, ainda que tenhamos
medo, de com ela, dizer futuro.
O nevoeiro sai depois de nós, por nós, nada sai claro, pelos olhos saem sombras,
pela voz, temores. Nevoeiro. Nevoeiro que não é mais que a prisão ao medo
passado e a aflição de confessar o futuro.