quinta-feira, junho 26, 2008



Por vezes é como andar no nevoeiro.
Coração apertado na cegueira do futuro passo.
Coração apertado. Pavor de o quebrar na esquina que se segue.
Depois vem uma mão. Um espírito que nos alcança e nos puxa para essa esquina e
nos ajuda a sair do nevoeiro que não era mais que sombras.
Sombras de passado que invadem sem convite uma busca pelo futuro.
Passos…passos com essa mão que nos afasta do passado, ainda que tenhamos
medo, de com ela, dizer futuro.
O nevoeiro sai depois de nós, por nós, nada sai claro, pelos olhos saem sombras,
pela voz, temores. Nevoeiro. Nevoeiro que não é mais que a prisão ao medo
passado e a aflição de confessar o futuro.

4 comentários:

Anônimo disse...

Bonito texto, moça. :)

Sombras de passado que invadem sem convite uma busca pelo futuro. (...) Nevoeiro. Nevoeiro que não é mais que a prisão ao medo
passado e a aflição de confessar o futuro.


Dia desses tava conversando com uma amiga minha pelo MSN sobre coisas desse gênero, lembrei dum livro sobre Tao Te Ching que me emprestaram e ele acabou ficando do lado do monitor. Um trecho que achei pertinente:

"Permanece no presente. O presente é mais acessível do que as recordações do passado e do que as fantasias sobre o futuro".

Abraço. :)

Rodrigo Colares disse...

é a vida...

gostei do texto.

=]

Caio Castelo disse...

"Voltando à ativa" né, Laranja 2008.2? =p texto seu? bacana! e também fiquei com vontade de dar uma olhada no livro que o cara ali de cima falou hehe

Poupée de Chiffon disse...

precisa nem escrever o comentário.. já tah subentendido..
muito bom..
=D